Nascido assim: homossexualidade, genética e neurociência.

Não há como negar o crescimento do movimento gay e muito menos tapar os olhos para as suas conquistas. Eles têm ganhado espaço no campo político; cobertura positiva na mídia; fundado igrejas, teologias e adquiriram uma visão positiva no campo da psicologia. Mas uma das grandes batalhas que o movimento ainda não conquistou de forma definitiva e/ou comprovada foi no campo das ciências exatas. Esse é exatamente nosso foco nesse pequeno artigo. Nosso objetivo, portanto, é ouvir a ciência. Veremos que suas informações serão valorosas no aconselhamento.

A comprovação biológica, genética e neurocientífica de que as pessoas “nascem” homossexuais seria uma das grandes conquistas para o movimento gay. Reconhecemos que nem todos os homossexuais pensam assim, muitos temem que a comprovação poderia gerar um tipo de “eugenia”. As palavras de Simom LeVay (homossexual e cientista) nos alertam para a importância de tal conquista:

"Do ponto de vista POLÍTICO, a questão de determinar a mutabilidade, ou não, do homossexualismo é bastante CRUCIAL. O público estado-uniense terá uma atitude diferente aos DIREITOS HOMOSSEXUAIS de sua crença no fato de o homossexualismo ser, ou não, uma questão de escolha pessoal".

O que dizer, então, das novas descobertas do “gene gay” e do “cérebro gay” tão divulgadas na mídia? Primeiramente, todo espaço conquistado pelo movimento gay na mídia e outras áreas não se deu por razões científicas e/ou filosóficas, senão por pressão política. Quanto às descobertas científicas, dois nomes são importantes : Simom LeVay e Dean Hammer. Ambos homossexuais; o primeiro pesquisou cérebros e o segundo genes.

Em 1991 LeVay analisou o cérebro de 35 cadáveres de “supostos” homossexuais. A mídia divulgou a existência de um “cérebro homossexual” baseada nas pesquisas de LeVay. Algumas observações importantes:

1) LeVay observou diferenças no hipotálamo dos homossexuais. Porém, ele não pode responder se as diferenças eram a causa ou o resultado de vida homossexual; 2) Não pode responder se os danos foram causados por HIV positivo; 3) A definição da sexualidade dos cadáveres é extremamente questionável, pois não havia como verificar a orientação sexual das “amostras”.

O próprio LeVay afirmou:

"É importante enfatizar o que não descobri. Não provei que a homossexualidade é genética, nem achei uma causa genética para o homossexualismo. Não demonstrei que os homossexuais nascem assim, esse é o erro mais comum que as pessoas cometem na interpretação de meu trabalho".

Hammer reinvidicou a descoberta de um gene que parecia ser o determinante da homossexualidade. Quanto à genética, sabemos que todo traço comportamental tem um componente genético. Porém, o gene não determina o comportamento como determina a cor dos olhos ou cabelos.

O próprio Hammer disse:

"Por meio do estudo de gêmeos, já sabemos que metade, ou mais, da variedade na orientação sexual não é herdada…O melhor estudo recente sugere que a identificação sexual feminina é mais uma questão de meio-ambiente que de hereditariedade”."

J. M. Bailey E R. C. Pillard são os dois estudiosos mais citados como tendo demonstrado que a homossexualidade é genética. Suas palavras sobre suas pesquisas são:

"Esses estudos foram projetados para detectar variação hereditária, e caso existisse, refutar a crença prevalecente de que a orientação sexual é amplamente o produto da interação familiar e ambiente social...Embora homossexuais macho e fêmea parece ser pelo menos um pouco hereditário, o ambiente social deve ser de considerável (notável) importância em suas origens".

Sobre as mais atuais pesquisas quanto à questão do “cérebro homossexual”. A Veja On-Line divulgou:

"As pesquisas [cerebrais através de tomografia e ressonância magnética] que chegaram a essas conclusões, no entanto, não tinham como afirmar se as diferentes formas de reagir dos cérebros homo e heterossexual se deviam a razões biológicas ou resultavam da aprendizagem".

Novamente quando o assunto é estrutura cerebral sempre teremos a lacuna da causa e efeito. Pesquisas mostram que o cérebro muda de acordo com o estilo de vida. Assim, não se sabe se as mudanças cerebrais nos homossexuais se devem ao estilo de vida (efeito) ou causam a homossexualidade.

Até aqui, o que se pode dizer é que a homossexualidade é resultado de uma decisão pessoal e de natureza moral. Há influências para a decisão (e.g., criação, ambiente familiar, amizades), mas no final é coração quem decide. Como conselheiros cristãos podemos afirmar com convicção (principalmente bíblica e também científica) para qualquer um que vive em conflito com a sua identificação sexual: “Você não É homossexual”, “Você tem desejos homossexuais”, “Ninguém é homossexual”, “Ninguém nasce homossexual”.

“Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus” (1Co. 6:9-11).

Perfil

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Rômulo Monteiro alcançou seu bacharel em Teologia (Seminário Batista do Cariri – Crato/CE) em 2001; concluiu seu mestrado em Estudos Bíblicos Exegéticos no Novo Testamento (Centro de Pós-graduação Andrew Jumper – São Paulo/SP) em 2014. De 2003 a 2015 ministrou várias disciplinas como grego bíblico e teologia bíblica em três seminários (SIBIMA, Seminário Bíblico Teológico do Ceará e Escola Charles Spurgeon). Hoje é professor do Instituto Aubrey Clark - Fortaleza/CE) e diretor do Instituto Bíblico Semear e Pastor da PIB de Aquiraz.-CE Casado com Franciane e pai de três filhos: Natanael, Heitor e Calebe.